Os túneis do Piratini e o reconhecimento de um trabalho de anos
- Porto Alegre Mal Assombrada
- 30 de jun.
- 2 min de leitura
Os túneis do Piratini e o reconhecimento de um trabalho de anos.
Em junho de 2025, tive a honra de participar de uma reportagem especial do jornal Zero Hora, assinada pela jornalista Kizzy Abreu, que investigou um dos temas mais instigantes do imaginário porto-alegrense: os túneis subterrâneos do Palácio Piratini.
Falar sobre esses corredores antigos — cercados por silêncio, pedra e especulações — é, para mim, mais do que explorar a história. É percorrer uma trilha invisível que há anos venho desvendando, tanto nas ruas quanto nos bastidores da cidade. Desde 2019, com as caminhadas do Porto Alegre Mal Assombrada, venho me dedicando a iluminar aquilo que muitos preferem manter na sombra: as lendas, os crimes, os mistérios e a arquitetura secreta da nossa cidade.

Ser chamado para essa reportagem não foi apenas um convite — foi um reconhecimento. Uma validação pública de um trabalho de pesquisa, criação e persistência que tem mobilizado centenas de pessoas interessadas em descobrir uma Porto Alegre que não aparece nos cartões-postais.
Minha escolha como especialista convidado para comentar sobre os túneis do Piratini veio da confiança conquistada ao longo de anos de atuação, pesquisa independente e conexão direta com a memória urbana. Na reportagem, pude compartilhar um pouco daquilo que move meu trabalho: o cruzamento entre fatos e mitos, entre estruturas reais e histórias que ganham vida nos becos da imaginação.
Os túneis, afinal, não são apenas corredores físicos — são símbolos. E como todo símbolo, eles despertam perguntas, receios e narrativas. É esse território — o do mistério — que venho explorando com seriedade, respeito e paixão.

A reportagem está disponível no site da Zero Hora e inclui vídeo, imagens e um mergulho visual nesses subterrâneos tão falados quanto pouco vistos. Mas aqui no meu site, quero apenas registrar a importância desse momento: estar ali, entre os convidados da matéria, como voz que representa esse lado não oficial, quase invisível, mas profundamente enraizado na alma de Porto Alegre.

Esse é mais um passo no caminho sombrio — e fascinante — que venho trilhando com o Porto Alegre Mal Assombrada.
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